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Após provocar Roger Waters, Disturbed toca hino de Israel em show no país

David Draiman é judeu, e viu o pedido de boicote feito pelo ex-Pink Floyd como uma afronta

Redação Publicado em 03/07/2019, às 20h00

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Roger Waters (Foto:Camila Cara)
Roger Waters (Foto:Camila Cara)

O Disturbed apresentou o seu primeiro show em Israel nesta terça, 2. Entre as músicas, David Draiman, o vocalista, fez uma pausa no setlist habitual para poder tocar “Hativka”, o hino nacional do país. A apresentação aconteceu apesar das recomendações feitas porRoger Waters de que a banda cancelasse a visita à nação judaica, já que o ex-Pink Floyd não apoia as decisões do local contra a Palestina e sempre pede boicote a Israel. Mas, para Draiman, o pedido foi absurdo, já que o mesmo é judeu. 

No mesmo dia do show, o vocalista do Disturbed disparou contra Waters: “O homem é tão delirante e está muito envolvido em sua própria psicose e em seu próprio ódio disfarçado como essa campanha. Ele é um homem muito doente”, disse ao Louder Sound. 

Não é a primeira vez em que Draiman se irrita com o baixista. No início de junho, entendeu a requisição de que o Disturbed não fosse a Israel, feita por Waters, como um ataque a judeus. “A noção de que Waters e o resto de seus amigos nazistas decidiram que essa é a maneira de seguir em frente e promover mudanças é completamente lunática e idiota. Completamente. Não faz sentido algum. É baseado somente em uma cultura de ódio de um povo e de uma sociedade que foi injustamente demonizada desde o começo dos tempos.”

Para ele, o "boicote seletivo" a Israel é um absurdo. “Não vejo boicotes à Russia ou nenhum dos vários países que têm os regimes mais opressivos e fechados do planeta, onde pessoas LGBTQ+ são perseguidas, onde todas as minorias são perseguidas. Não vejo ninguém boicotar a China pelo que fazem com sua população muçulmana. Só Israel recebe esse tratamento, e acho que existe um motivo por trás disso”, enfatizou Draiman.

Nesta semana, Roger Waters pediu também a Milton Nascimento que cancelasse os shows em Israel. O brasileiro negou: "afinal de contas, todo artista deve ir onde o povo está, não é mesmo?", e ainda enfatizou que não contribui para a luta entre Israel e Palestina: “Este show NÃO tem qualquer incentivo do governo de Israel, muito menos do exército israelense.” 

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