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Itamaraty quer convencer Bolsonaro a anunciar doação de vacina em Assembleia-Geral da ONU; entenda

O presidente Jair Bolsonaro irá discursar na abertura do evento da ONU em Nova York na terça, 21

Redação Publicado em 20/09/2021, às 09h57

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Bolsonaro durante discurso na Assembleia-Geral da ONU em 2019 (Foto: Drew Angerer/Getty Images))
Bolsonaro durante discurso na Assembleia-Geral da ONU em 2019 (Foto: Drew Angerer/Getty Images))

O Itamaraty quer convencer Jair Bolsonaro (sem partido) a divulgar uma agenda positiva no discurso de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na terça, 21 de setembro. Uma das medidas que os diplomatas aconselham o presidente a anunciar é a doação de vacinas contra a covid-19.

Segundo reportagem do Estadão, assessores que participam da elaboração do discurso de Bolsonaro afirmam que a doação, caso seja anunciada, seria direcionada a países da América Latina com piores condições de combate à pandemia, como Paraguai e Haiti.

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A primeira participação de Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU aconteceu em 2019, quando o presidente desembarcou ao lado do chanceler Ernesto Araújo e fez um discurso pautado no bolsonarismo. Na época, o chefe de Estado brasileiro se juntava a Donald Trump, então presidente dos Estados Unidos.

E 2021, com Joe Biden na presidência norte-americana, a sugestão do Itamaraty é mudar o tom do discurso, assim como se alinhar a agenda dos Estados Unidos, países europeus e da própria ONU.

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Com um possível anúncio de doação de vacinas, os diplomatas querem desviar o presidente brasileiro das críticas internacionais. Desde o início do governo, Bolsonaro é retratado como uma possível ameaça à democracia, assim como negacionista, diante da pandemia de covid-19.

Apesar da tentativa de diplomatas mudarem o tom do discurso de Bolsonaro, há uma preocupação contínua com a fala do presidente. Em live semanal na quinta, 16, o presidente afirmou que iria defender o criticado marco temporal das terras indígenas durante fala na ONU.

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O marco temporal é criticado por diversos políticos, lideranças indígenas e ambientalistas. Caso seja aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), determinará que uma terra só poderá ser demarcada se ficar comprovado que os indígenas ocupavam aquele território na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.