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Elton John se revolta com Putin por negar homofobia na Rússia e censurar Rocketman

A versão russa da cinebiografia estreou sem cenas que mostravam a relação de John e David Furnish, marido do músico

Redação Publicado em 28/06/2019, às 19h01

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Taron Egerton vive Elton John no filme Rocketman (Foto: Divulgação)
Taron Egerton vive Elton John no filme Rocketman (Foto: Divulgação)

Elton John divulgou nesta sexta, 28, uma carta aberta escrita por ele para Vladimir Putin, presidente russo. No texto, o músico responde à declaração do governante para o Financial Times, na qual disse que a Rússia não é homofóbica, e na verdade o ocidente é que aceita demais os movimentos LGBTQ+.

John não gostou da declaração, e em seu texto acusou o presidente de hipocrisia por afirmar que a Rússia não é homofóbica, mas mesmo assim proibir as cenas gays em Rocketman, cinebiografia do músico. 

“Fiquei profundamente chateado com sua entrevista”, escreveu. “Eu discordo compretamente da sua visão de que seguir políticas que aceitem várias culturas e a diversidade cultural é obsoleto. Eu vejo uma duplicidade no seu comentário de que quer que as pessoas LGBTQ+ sejam felizes, e que não tem problemas com isso. Mesmo assim, distribuidores russos escolheram censurar Rocketmanao retirar todas as referências de quando achei minha verdadeira felicidade por meio da minha relação de 25 anos com David [Furnish, marido] e da criação de nossos dois filhos. Soa como hipocrisia para mim.”

John também ressaltou que tem orgulho de viver em um mundo os os governantes “evoluíram o suficiente para reconhecer o direito das pessoas de amar quem quiserem”, já que isso foi o que permitiu a ele a felicidade. 

A censura de Rocketman (e, anteriormente, de Bohemian Rhapsodycinebiografia do Queen) ocorreu baseada na lei imposta por Vladimir Putin, presidente da Rússia, em 2004. A legislação proíbe a “propaganda gay”. Demonstrações de afeto de casais homossexuais são proibidas em ambientes públicos e em produções audiovisuais, pois as autoridades do país acreditam que isso influencia menores de idade a também serem gays, além de argumentarem que isso pode ser ofensivo à famílias tradicionais.

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