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Kurt Cobain beijou Eddie Van Halen na boca em camarim, conta vocalista do Sonic Youth

Vocalista do Nirvana ficou tão animado com a presença do colega que não resistiu

Redação Publicado em 30/05/2019, às 19h43

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Kurt Cobain, do Nirvana, se apresenta no Roxy, em Hollywood, em agosto de 1991 (Foto: Kevin Estrada/MediaPunch/IPX)
Kurt Cobain, do Nirvana, se apresenta no Roxy, em Hollywood, em agosto de 1991 (Foto: Kevin Estrada/MediaPunch/IPX)

Thurston Moore relembrou para a Rolling Stone EUA o show que o Sonic Youth, sua banda, fez com o Nirvana em dezembro de 1993, e contou que naquela mesma turnê Kurt Cobain deu um beijão na boca de Eddie Van Halen, guitarrista do Van Halen.

“A última vez que vi Kurt foi em um show em Los Angeles e outro em São Diego. Eu assisti os dois shows da última turnê do Nirvana. Ele parecia muito feliz. Ele se divertiu fazendo as apresentações, ainda mais em L.A., porque o Eddie Van Halen estava lá. Foi bem engraçado: o Kurt estava num corredor, e eu disse ‘cara, o Eddie tá te esperando no seu camarim!’ , e ele disse ‘ah, não!’ Ele ficou bem animado. Ele entrou no camarim, foi direto até o Eddie e deu um beijão nele. Ele precisava muito fazer aquilo”, contou.

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Moore também relembrou o show que o Sonic Youth fez com a banda de Cobain, naquela mesma turnê. “A gente tocou com o Nirvana em São Francisco. Eles começaram, e logo no primeiro verso Kurt se jogou na plateia. Ele surfou na galera enquanto tocava a primeira música. Aí a multidão jogou ele de volta no palco e ele começou a cantar. Eu fiquei muito ‘p****, não tem como eu superar isso”.

Durante seu sucesso estrondoso com o Nirvana, Kurt Cobain acumulou algumas histórias interessantes de bastidores, principalmente com os integrantes do Guns N’ Roses. Mas, ao contrário do amor que tinha a Eddie, ele não gostava muito de Axl Rose, que considerava machista e racista.

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Danny Goldberg, ex-empresáeio da banda, lançou um livro este ano falando de sua relação com Kurt, e relembrou a vez em que o vocalista do Nirvana fugiu do astro do Guns: “Era 27 de outubro [de 1991], um mês depois do lançamento do Nevermind, o Nirvana ia tocar no Palace Theatre, que tinha 2.200 lugares, o maior lugar que o Nirvana tinha tocado até aquele momento. O show foi esgotado rapidamente. A banda vinha fazendo ótimos shows, e esse não foi exceção.

Depois, no backstage, Eddie Rosenblatt [presidente da gravadora do Nirvana] disse que tinha ido [ao show] com Axl Rose e perguntou se podia leva-lo ao camarim para dizer ‘oi’ para o Kurt. Quando eu repassei o pedido, Kurt fez uma careta e disse que realmente não queria conhecer o cantor do Guns N’ Roses.

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Eu não queria colocar o presidente em uma saia justa, então eu sugeri que o Kurt saísse do camarim e depois eu daria os passes de backstage para o Rosenblatt. Assim, não pareceria que estávamos excluindo ele, e sim que a gente não conseguia achar o Kurt.

Ele concordou e eu sai, entreguei os passes para o presidente da gravadora e perguntei se eles podiam esperar cinco minutos para o Nirvana ‘trocar de roupa'. Aí eu voltei, agarrei o Kurt, e a gente saiu abaixado pela porta dos fundos. Rosenblatt nunca falou disso depois, então a estretégia funcionou, mas duvido que Rose ficou feliz com isso.”

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