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The Last of Us: HBO mostra que é possível fazer uma adaptação de game (quase) perfeita [REVIEW]

Primeiro episódio da série de The Last of Us, estrelada por Pedro Pascal e Bella Ramsey, irá ao ar na HBO no próximo domingo, 15

Felipe Grutter (@felipegrutter)

por Felipe Grutter (@felipegrutter)

felipe.grutter@rollingstone.com.br

Publicado em 10/01/2023, às 05h01 - Atualizado às 11h26

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Bella Ramsey e Pedro Pascal estrelam série de The Last of Us (Reprodução/HBO)
Bella Ramsey e Pedro Pascal estrelam série de The Last of Us (Reprodução/HBO)

No que parece ser o distante ano de 2013, uma desenvolvedora de games chamada Naughty Dog lançou um jogo intitulado The Last of Us, dirigido por Bruce Straley e Neil Druckmann e estrelado por Troy Baker e Ashley Johnson. Quase 10 anos depois, a produção que marcou a indústria ganhou adaptação para a TV, com produção da HBO.

Mesmo com idealização por meio de um canal de televisão renomado como HBO, The Last of Us não tinha uma tarefa fácil pela frente: fazer uma adaptação de videogame que desse certo após inúmeros fracassos, como Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City (2021), Hitman: Agente 47 (2015) e Super Mario Bros. (2013).

+++LEIA MAIS: The Last of Us: Como série respeita os games? Produtor responde

Uma das melhores adaptações de games (se não, a melhor)

Porém, é seguro dizer que os fãs de jogos e, especialmente, do game da Naughty Dog, podem ficar tranquilos: adaptação cumpre muito bem o papel e mostra como é possível fazer uma adaptação (quase) perfeita para as telas após a fama desse tipo de produção ficar manchada.

Na noite do próximo domingo, 15, a série de The Last of Us, encabeçada por Druckmann e Craig Mazin (showrunner de Chernobyl), começará a ser exibida na HBO semanalmente, com cada episódio disponibilizado na HBO Max. A Rolling Stone Brasil recebeu os nove episódios da primeira temporada antecipadamente para fazer esta crítica.

+++LEIA MAIS: The Last of Us: Série será menos violenta em relação ao jogo, diz criador

Assim como nos jogos, o seriado se passa em um mundo pós-apocalíptico causado pelo fungo Cordyceps (que existe na vida real, mas não afeta seres humanos), e é protagonizado por Joel, interpretado por Pedro Pascal na nova versão. 20 anos após o dia do surto, o personagem virou um contrabandista da zona de quarentena e conhece Ellie (Bella Ramsey). Então, eles são forçados a suportar circunstâncias brutais e assassinos implacáveis ​​em uma jornada pelos Estados Unidos.

Cena de The Last of Us
Pedro Pascal e Bella Ramsey em The Last of Us (Foto: Divulgação/HBO)

A série de The Last of Us é bastante fiel ao material original - claro, algumas mudanças precisaram ser feitas para ajustar para a linguagem de uma série e novo público. O principal elemento dessa fidelidade se encontra no desenvolvimento de Joel e Ellie na narrativa, assim como as atuações emocionantes e irretocáveis de Pascal e Ramsey, que dão um verdadeiro show, como Troy Baker e Ashley Johnson lá em 2013.

+++LEIA MAIS: The Last of Us: Bella Ramsey, Ellie na série da HBO, nunca jogou o game

Elenco de apoio também é destaque

Além disso, os dois atores principais trabalharam com um elenco de apoio fenomenal, o qual conta com Gabriel Luna (Tommy), Merle Dandridge (Marlene, a única do jogo que reprisa o papel), Anna Torv (Tess), Nick Offerman (Bill), entre outros. Vale destacar também como Baker e Johnson participam da série com um certo destaque, mas com papéis bem menores.

Afinal, as grandes forças da produção original são, na verdade, as atuações e os personagens cativantes, cercados por uma narrativa e premissa até que simples, caso comparada a outras produções da indústria dos games.

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Com os acertos em elementos bem-sucedidos do jogo, a série de The Last of Us também acerta bastante na maioria das mudanças, especialmente no emocionante episódio focado em Bill e Frank (Murray Bartlett) - e ambas atuações são dignas de Emmy, claro. O arco dos dois é bastante diferente do material original, é quase um filler, mas acaba como um fator bastante importante para a trama seguir.

Talvez, uma personagem que poderia ter tido mais destaque foi Tess, que parece ter sido uma das poucas personagens a não ser expandida, seja com algum contexto sobre ela ou algo totalmente novo, e deixa a desejar. Por outro lado, é bastante interessante ver novas facetas de Marlene, uma das peças mais importantes da narrativa.

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Como fã de The Last of Us, foi muito legal ver personagens tão complexos ganharem vida com o elenco escolhido para a série. A junção inusitada entre Neil Druckman, que conseguiu trazer a alma do game para o seriado, com todo conhecimento de Craig Mazin na TV traz uma experiência imperdível, que emociona e te deixa mais fascinado por este mundo incrível.