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Paul McCartney quase foi atropelado ao recriar capa de Abbey Road

Momento aconteceu durante filmagens de Se Estas Paredes Cantassem, documentário do Disney+ sobre lendário estúdio que batiza o álbum

Capa do disco Abbey Road, dos Beatles (Foto: Divulgação)
Capa do disco Abbey Road, dos Beatles (Foto: Divulgação)

Coloque-se na situação de ser um motorista que trafega tranquilamente (ou não) pela rua Abbey Road. Logo, aparece em sua frente um senhor que faz algumas poses enquanto atravessa a rua. Mesmo que você não saiba que esse senhor é Paul McCartney, a ação recomendada pelo guia de direção defensiva é frear para que o sujeito caminhe com segurança, correto?

Um condutor em Londres que passava pela faixa de pedestres mais famosa do planeta, apresentada pelos Beatles na capa do álbum Abbey Road (1969), não pensou da mesma forma. Como consequência, quase atropelou o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial. 

A revelação foi feita pela filha de Paul, a cineasta Mary McCartney, em entrevista ao jornal The Mirror. Na ocasião do quase-acidente, o eterno Beatle recriava a icônica fotografia em cena presente no documentário Se Estas Paredes Cantassem (2022), que conta a história dos estúdios Abbey Road.

“A parte do filme em que o carro quase o atropelou na faixa de pedestres foi muito engraçada. Quando estávamos saindo [do estúdio], eu disse: ‘Vou filmar você [no cruzamento]’, daí ele passou e este carro não parou totalmente para ele!”

Como Mary adiantou, a cena acabou entrando no corte final do filme, que está disponível no Disney+. Ela garante que nada foi armado.

Paul McCartney e os estúdios Abbey Road

Seria uma pena se o acidente acontecesse, não apenas pela colisão em si, mas por gerar um evento traumático em um lugar tão amado por Paul McCartney. Ainda durante a entrevista, Mary contou que o pai é tão apaixonado pelo local onde os Beatles gravaram praticamente todas as músicas de sua carreira que ele simplesmente não conseguia parar de falar sobre Se Estas Paredes Cantassem.

"No dia seguinte à pré-estreia no cinema, eu estava em um evento e alguém disse: ‘Eu vi seu pai lá e ele não parava de conversar sobre o documentário’. É um lugar pelo qual ele é realmente apaixonado. Quando ele soube que eu estava fazendo o documentário, ele ficou muito satisfeito e isso o fez pensar em Abbey Road novamente e lembrar de muitas das histórias."

Além de Paul, Se Estas Paredes Cantassem tem entrevistas de Elton John, Ringo Starr, John Williams, Liam e Noel Gallagher, Roger Waters, David Gilmour, entre outros.

Se Estas Paredes Cantassem

A trajetória do Abbey Road começou em uma casa georgiana de nove quartos construída em 1831 na região de Westminster, na Inglaterra. Um século depois, em novembro de 1931, foi transformado no antigo EMI Recording Studios, adaptando seus cômodos para receber músicos como Alan Blumlein, que gravou a Jupiter Symphony, de Mozart, no lugar.

Rebatizado Abbey Road Studios, o local não apenas acompanhou o desenvolvimento da indústria musical, como foi um dos protagonistas. São esses 90 anos de história que Mary McCartney explora no filme Se Estas Paredes Cantassem, a fim de levar os fãs da música por uma viagem através da história do grande estúdio.

As primeiras informações sobre o filme foram divulgadas em 2021, quando a Mercury Studios, uma divisão de produção da Universal Music Group, anunciou a produção — agora disponível no Disney+. Na época, foi divulgado que o filme contaria com cenas dos bastidores do estúdio, além de uma visão geral da história do lugar, para comemorar seu aniversário de 90 anos.

Em 2021, Mary declarou “Algumas das minhas memórias mais antigas como criança vêm do período que passei na Abbey Road. Por muito tempo, eu quis contar a história desse lugar histórico.” Isabel Garvey, diretora de gerenciamento do estúdio, complementou:

Se estas paredes cantassem... eu perdi a conta de quantas vezes ouvi isso na Abbey Road Studios ao longo dos anos. Mal posso esperar para ver algumas dessas histórias finalmente ganharem vida no que vai ser um documentário atemporal.