Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

A história por trás do clássico 'Gimme Shelter' dos Rolling Stones

Keith Richards e Mick Jagger fizeram dessa música um dos melhores trabalhos da banda

Redação Publicado em 23/03/2020, às 19h54

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Rolling Stones em 1965 (Foto: Gerhard Rauchwetter/AP)
Rolling Stones em 1965 (Foto: Gerhard Rauchwetter/AP)

A Far Out Magazine relembrou a história por trás do clássico “Gimme Shelter”, dos Rolling Stones. As raízes da música estão profundamente ligadas à psique do vício em drogas de Keith Richards.

+++LEIA MAIS: 11 prisões dos integrantes dos Rolling Stones: drogas, brigas e, bom, mais drogas

Gimme Shelter” é uma daquelas músicas raras que tipificam uma banda. É sombrio e perigoso o tom da canção que é espelhado no nicho que os Rolling Stones haviam criado para si. 

Escrita por Keith Richards no decadente Mayfair, de Robert Fraser, em 1968, provavelmente sob efeito de drogas, o tom da música fervilhava sexualidade e amizades. A canção também visitava o relacionamento dele com a então namorada Anita Pallenberg, ex-companheira de Brian Jones

+++ LEIA MAIS: 7 documentários de Rock que todos os fãs deveriam assistir [LISTA]

Richards lembrou da criação da música em Life: "Foi apenas um dia terrível, essa tempestade incrível sobre Londres. Então entrei nesse modo - olhando para todas essas pessoas... Correndo como o inferno."

Logo, Mick Jagger acompanhou Richards  na construção da letra da música: “Bem, foi uma época muito difícil, muito violenta. A Guerra do Vietnã. Violência nas telas, pilhagem e queima. E o Vietnã não era 'guerra' como a conhecíamos no sentido convencional. O problema do Vietnã era que não era como a Segunda Guerra Mundial, nem a Coreia, nem a Guerra do Golfo”, disse em entrevista à Rolling Stone

+++ LEIA MAIS: As 8 melhores cinebiografias musicais, segundo site especializado - Bohemian Rhapsody ficou no top 3 [LISTA]

“Foi uma guerra realmente desagradável, e as pessoas não gostaram. As pessoas se opunham e as pessoas não queriam lutar contra isso... Na verdade, é uma espécie de música do fim do mundo. É apocalipse; todo o disco é assim”, completou. 

Na pré-gravação do disco Let It Bleed, a primeira música da lista de afazeres era a composição de Richards, e ao lado de Jagger e Jimmy Miller começaram a trabalhar nela. Todavia, como em qualquer canção dos Rolling Stones, não seria uma tarefa tão simples e levou quase seis meses para ser concluída.

Neste período, Brian Jones oficialmente se afastou do grupo devido à dependência de drogas e foi um choque para os fãs. Três semanas depois, ele foi encontrado morto na piscina. 

+++ LEIA MAIS: Keith Richards vs Mick Jagger: quais foram as duas maiores brigas nos Rolling Stones?

De volta ao estúdio e com a turnê americana à frente, a banda estava ansiosa para finalizar o disco. Miller era um grande fã de “Gimme Shelter” desde o início e sugeriu que algo estava faltando - a voz da cantora Merry Clayton.

Em uma entrevista de 2013 da NPR, Mick Jagger comentou sobre a incrível voz de Clayton: "Quando chegamos a Los Angeles e estávamos mixando, pensamos: 'Bem, seria ótimo ter uma mulher para o refrão ou o que você quiser chamar. Telefonamos aleatoriamente para essa senhora no meio da noite, e ela chegou em seus rolos e começou a fazer isso em uma ou duas tomadas, o que é incrível. Ela entrou e tirou essa letra bastante estranha. Não é o tipo de letra que você dá a alguém - mas ela realmente se interessou."

+++ LEIA MAIS: ‘Dancing in the Street’, de David Bowie e Mick Jagger, fica divertidíssimo sem áudio; assista

Let It Bleed, lançado em 1969, é um álbum ‘abençoado’ com alguns dos melhores trabalhos de Jagger e Richards, mas é “Gimme Shelter” o farol do final dos anos sessenta, segundo a Far Out Magazine.


+++ CORONAVÍRUS: DEVEMOS REALMENTE CANCELAR SHOWS E EVENTOS?