- Emma Stone como Cruella (Foto: Divulgação / Disney)

Como a Disney reinventou Cruella com estética rebelde e punk rock em novo filme estrelado por Emma Stone [ENTREVISTA]

A diretora de arte Fiona Crombie explicou como trabalhou com os elementos sombrios e ousados para criar a nova versão de Cruella

Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 29/05/2021, às 16h00

Com uma estética "punk rock" de Londres na década de 1970, a Disney reinventou uma das vilãs mais temidas de todos os tempos. Cruella estreou nos cinemas e no Disney+ com Premier Access nesta sexta, 28 de maio, e apresenta uma versão completamente nova - e muito mais sombria - da personagem da clássica animação 101 Dálmatas (1961).

Estrelado por Emma Stone, o filme acompanha a jornada da jovem Estella em busca de realizar o sonho de ser uma designer de moda de sucesso. Com uma trilha sonora incrível, figurinos deslumbrantes e cenários de tirar o fôlego, Cruella é uma das melhores adaptações do estúdio dos últimos anos.

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Em entrevista à Rolling Stone Brasil, a diretora de arte Fiona Crombie, indicada ao Oscar por A Favorita (2018), explicou como trabalhou com a equipe do filme para garantir ainda mais glamour, rebeldia e estilo autêntico para a personagem.


De Estella para Cruella

"O destaque dos personagens é sempre importante nos mundos que eu crio," explica Crombie. E a diretora teve êxito ao fazer isso, pois tanto Cruella quanto a Baronesa (Emma Thompson) roubam a atenção por onde passam, mesmo com estilos tão distintos.

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Quando Estella decide bolar um plano para mostrar à Baronesa com quem está lidando, cria a persona Cruella, alguém com personalidade completamente contrastante com a da tímida e contida jovem designer. Essa mudança é evidenciada não apenas pelas roupas e o famoso cabelo preto e branco, mas também nos cenários.

A maneira encontrada por Crombie para mostrar a dualidade da personagem de Stone foi deixar o ambiente ainda mais caótico e sombrio. Desde criança, Estella divide um apartamento abandonado com Horácio (Paul Walter Hauser) e Jasper (Joel Fry). O local sempre foi bagunçado, com croquis e roupas espalhados por toda parte.

Emma Stone como Cruella (Foto: Divulgação / Disney)

 

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De acordo com a diretora de arte, quando Estella se torna Cruella, mais e mais desenhos tomam conta do apartamento, como rascunhos pendurados nas paredes e materiais de costura espalhados pelo chão.

Além disso, as cores do filme ficam cada vez mais sombrias, com mais preto, vermelho e roxo. "Quando ela está se tornando Cruella, a suavidade no espaço desaparece. [...] Não era apenas a paleta, mas o quarto se tornou mais caótico, ela se tornou mais caótica."

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A originalidade

A Cruella de Emma Stone é muito diferente de Gleen Close, quem interpretou a personagem no live-action de 101 Dálmatas em 1996. Enquanto estamos acostumados a vê-la com estilo clássico e elegante, dessa vez ela tem um ar rebelde, criativo com inspiração no punk rock da década de 1970.

Apesar de se basear no movimento, para Crombie, a personagem é caracterizada pela originalidade. "Tentamos achar a estética particular dela, não necessariamente dizer ‘é punk.’ É Cruella, é como ela desenha, como faz as coisas," explica.

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A diretora de arte reforça como encontrar a voz da personagem foi essencial para construí-la e fazê-la se destacar no filme. Ao contrário da Baronesa, quem abusa de peças da alta costura, com inspiração em grandes estilistas como Christian Dior, Cruella deixa uma marca forte e única, refletindo não só o talento para moda, como também a personalidade ambiciosa e determinada.


Os figurinos também são protagonistas 

A moda desempenha um papel muito importante no filme, tornando-se uma das protagonistas da história. Apesar de Baronesa e Cruella terem estilos muito diferentes, Crombie trabalhou com a figurinista Jenny Beavan para garantir que as peças se destacassem nos ambientes. 

Emma Thompson como Baronesa em Cruella

 

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A primeira aparição de Stone como Cruella, por exemplo, acontece em um baile onde o branco predomina, tanto na decoração, como no figurino dos personagens. No entanto, a designer usa um deslumbrante vestido vermelho, atraindo todos os olhares. 

"Escolhemos cores, texturas [...] E trabalhando com a figurinista podíamos ter certeza do que estávamos pensando, como o meu mundo ia responder ao dela e vice e versa," explica. Além de um cenário para realçar as peças, a diretora de arte também refletiu as características das personagens no ambiente, ao criar espaços clássicos e sofisticados associados a Baronesa e rebeldes e caóticos quando se referiam a Cruella.

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Cruella está em cartaz nos cinemas e disponível no Disney+ pelo Premier Access no valor de R$ 69,90. Confira o trailer:


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