- Cena de Bella e Edward em Amanhecer: Parte 1 (Foto: Reprodução)

Romance proibido, rivalidades e guilty pleasure: Como Crepúsculo continua popular ao longo dos anos

A saga estreou no catálogo da Netflix em fevereiro e reviveu o amor dos fãs

Mariana Pastorello | @mari.pastorello (Sob supervisão de Camilla Millan e Julia Harumi Morita) Publicado em 27/02/2021, às 17h00

Desde o lançamento da saga Crepúsculo, publicada entre os anos 2005 e 2008 por Stephenie Meyer, o universo teen não foi o mesmo. Os livros e os filmes comoveram uma geração inteira no início do século e gerou fandoms tão inabaláveis quanto o amor de Bella Swan e Edward Cullen.

Com a recente entrada das adaptações cinematográficas estreladas por Kristen Stewart e Robert Pattinson na Netflix, analisamos como os filmes se mantêm vivos, mesmo 13 anos após a estreia. 

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Em 2003, Meyer vivia em uma comunidade religiosa nos Estados Unidos quando sonhou com uma garota mundana e um vampiro, os quais eram apaixonados e viviam um romance excepcional. Sem pensar duas vezes, a aspirante a escritora começou a trabalhar na história e, alguns meses depois, tinha o primeiro livro da saga pronto. Naturalmente, as obras seguintes foram escritas e lançadas anualmente, conforme conquistou cada vez mais os leitores. 

Romance e dramas 

A base da história é clichê. Bella (Kristen Stewart), uma garota com a vida perfeita e estável, conhece Edward (Robert Pattinson), um vampiro centenário cheio de segredos e uma vida completamente anormal.

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Os dois se apaixonam perdidamente e passam a viver dilemas sobrenaturais e - o mais previsível - um amor ‘proibido’. Como uma nova versão de Romeu e Julieta, o casal enfrenta dificuldades para sustentar a paixão em meio a vampiros do mal, bailes da escola e lobisomens. 

Diante do amor único e complicado de Bella e Edward, o lobisomem Jacob Black (Taylor Lautner) entra na  história, coloca em jogo a paixonite do casal e cria um triângulo amoroso - que resulta em brigas fervorosas entre Jacob e Edward por Bella .

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Além do romance entre os personagens, há outros fatores que colaboram para os clichês da narrativa, como a clássica visão machista de uma mulher em perigo amparada por um homem. Na saga, Bella é uma jovem insegura protegida por Edward.

Rivalidades 

Crepúsculo tinha um público muito específico, garotas na pré-adolescência que, de alguma forma, sentiam-se representadas pela ingenuidade de Bella e sonhavam com um romance impossível. Com o lançamento dos filmes, os fãs da saga passaram a dividir o fandom com o público mainstream. Assim, iniciou-se uma rivalidade entre os haters e os amantes da produção. 

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Quem não gostava dos filmes julgava a série como “tosca” e “ruim” - discurso que ganhou mais destaque após a paródia Os Vampiros Que Se Mordam (2010). Na tentativa de provar uma maior prudência e não se render à moda, abominavam a saga e iam contra tudo relacionado a ela - porém, isso colaborou para a franquia ganhar espaço e ser um dos assuntos mais comentados na época. 

Não foi só a rivalidade entre amantes e haters que fizeram os filmes se manterem nas trends, mas a divisão entre “Team Edward” e “Team Jacob". Esse movimento separou opiniões sobre qual personagem era o melhor par romântico para frágil Bella e foi essencial para manter o destaque da saga no mundo pop.

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Porém, a rivalidade foi além do universo da saga. Os atores que interpretavam Edward e Jacob, eram considerados ‘colírios’ na época, e tinham muitos fã clubes, que mantiam o debate de quem era mais atraente. 

Para impulsionar discussões, a internet iniciou uma disputa entre as sagas Crepúsculo e Harry Potter, série baseada nos livros de J.K. Rowling. Os filmes tiveram lançamentos próximos e eram feitos para públicos parecidos, o que provocou brigas sobre qual franquia era a melhor. 

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A saga continua

Após deixar os holofotes do mainstream e se tornar o guilty pleasure de muitos, Crepúsculo teve um retorno triunfal. Em 2020, Meyer fez uma aposta certeira para a era da valorização da nostalgia e anunciou um novo livro da saga, O Sol da Meia Noite, o qual mostra a história do icônico casal sob a perspectiva de Edward.

Em fevereiro, a Netflix, disponibilizou no catálogo todos os cinco filmes da saga: Crepúsculo, Eclipse, Lua Nova, Amanhecer: Parte 1 e Amanhecer: Parte 2. E não demorou para os longas-metragens entrarem para o Top 10 da plataforma de streaming - o que provou o potencial da  franquia para se manter imortal, assim como os vampiros da família Cullen

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+++ KANT: 'AQUELES QUE NOS DÃO MAIS ATENÇÃO SÃO OS QUE MAIS CRITICAM' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL

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