- Queen em Bohemian Rhapsody (Foto: Divulgação)

Como um dos melhores momentos do Queen quase terminou em prisão?

De acordo com Brian May, polícia ficou incomodada com a grande quantidade de fãs no show histórico no Hyde Park em 1976

Felipe Grutter (com supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 20/05/2021, às 11h02

O Queen comemora o aniversário de 50 anos ao longo de 2021. No canal de YouTube da banda, Brian May relembrou de um dos melhores momentos do grupo britânico quase terminando em prisão. A informação é do Express.

Para agradecer a lealdade dos fãs do Reino Unido, a banda planejou um show gratuito no Hyde Park de Londres em 1976 - e o evento superou as expectativas. May descreveu como o evento levou de oito a nove semanas para ser idealizado, enquanto enfrentaram diversos desafios, mas tudo correu bem no final.

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"Até ficamos naturalmente chapados antes de subirmos no palco. Embora tivéssemos tocado para grandes públicos antes disso, esta é Londres, nossa casa. Algo diferente," relembrou o guitarrista. Mais de 150 mil pessoas lotaram o Hyde Park.

"Estava inacreditavelmente lotado. Foi como voltar para casa e dar boas-vindas para um herói," continuou Brian May. Supercharge, Steve Hillage e Kiki Dee abriram o show. Ao anoitecer, o Queen foi ao palco quando anoiteceu. Porém, a noite épica teve um final dramático.

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A apresentação durou 80 minutos e a banda foi aos bastidores se preparar para o bis. Porém, o público não sabia: um drama se desenrolava nos bastidores porque as autoridades ficavam cada vez mais preocupadas com a grande multidão. Durante o show, as pessoas da parte da frente impediu a visão dos fãs da parte de trás - garrafas e latas foram jogadas.

Freddie Mercury disse à multidão: "Fui solicitado pela polícia para vocês não jogarem 'coisinhas' por aí, latas ou o que seja. Então, façam deste um evento pacífico, certo? Acalmem-se." Mas a polícia ainda não estava satisfeita.

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Quando a banda saiu do palco, as autoridades deram um ultimato. "Fomos ameaçados de prisão caso fôssemos para o bis," continuou May. "Ninguém percebeu na época, mas fomos empurrados para uma van sob a ameaça de sermos levados para lugares diferentes". Não teve repeteco, mas as filmagens do show foram imortalizadas no clipe de "Somebody To Love."


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Com uma carreira de quase 48 anos e reputação de maior camaleão do rock, David Bowie conseguiu  juntar-se aos melhores e mais brilhantes artistas underground em ascensão de cada geração: glammers, punkers, art-proggers, mestres do disco, rappers, estrelas do R&B, de música eletrônica e indie rockers contemporâneos.

Mas isso não significou a falta de interesse em colaborar com artistas como Cher, Bing Crosby ou um beatle. Aqui estão sete colaborações de Bowie - desde as icônicas, subestimadas e curiosas.

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Mott the Hoople, “All The Young Dudes” (1972) 

Ian Hunter e sua banda estavam prontos para começar de fato no rock & roll em 1972 quando um famoso fã entrou em cena e deu à banda um novo sopro de vida, produzindo o álbum All The Young Dudes  e escrevendo a faixa título, responsável por definir a carreira do grupo.

De acordo com a lenda, Bowie escreveu a música - um hino instantâneo do glam-rock para adolescentes, jovens e senhores - de pernas cruzadas no chão do apartamento de Hunter. Foi a segunda tentativa do artista depois da banda rejeitar a primeira oferta: "Suffragette City".

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Lou Reed, Transformer (1973)

"Queria escrever canções com as quais pessoas como eu pudessem se identificar", disse Lou Reed. "Gostei dos Beatles e tudo isso, mas, por que não ter algo para outro público?" David Bowie era um desses artistas, inspirado nas explorações sombrias dos anos 1960 do Velvet Underground. No início dos anos 1970, Bowie era uma estrela, enquanto Reed buscava sucesso solo. A produção de Bowie e Mick Ronson em Transformer fez do disco o primeiro clássico de Reed após o Velvet Underground

O arranjo de cordas de Ronson na faixa “Perfect Day,” junto com a guitarra e piano, foram responsáveis por marcar o disco; com adicional backing vocals de Bowie e Ronson em "Satellite of Love”. “Não é o estilo que eu teria criado”, declarou Reed mais tarde, “Mas  [David] conhece música, além disso, tem uma voz estranha e pode chegar em um tom alto. É muito, muito bonito.” 

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John Lennon, “Fame” (1975)

"John e David se respeitavam", escreveu Yoko Ono ao saber do falecimento de Bowie. "Eram tão próximo quanto uma família." O respeito entre eles veio em "Fame", primeiro single número um de Bowie nos Estados Unidos. A música foi gravada no Electric Lady Studios de Nova York, EUA, logo após o primeiro encontro no início de 1975.

Bowie estava no meio de uma rescisão do contrato com o gerente manipulador Tony DiFries e usou a funky "Fame" (nomeado por ele como "musiquinha raivosa ") como um ataque,  cortante a todo o processo de formação de estrelas. "A fama em si não é algo gratificante", disse. "No máximo, isso te garante um lugar nos restaurantes."

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Cher, “Can You Hear Me” (1975) 

1975 foi um ano difícil para Bowie. Passou grande parte se empanturrando de cocaína e explorando o oculto enquanto gravava o disco Station to Station. No meio de tudo, arranjou tempo para aparecer no programa de Cher da CBS. Realizaram um dueto melancólico da balada "Can You Hear Me?", do discoYoung Americans (1975).

Luther Vandross, “Young Americans” (1975) 

Bowie foi um grande apoiador da carreira de Luther Vandross, trazendo o jovem cantor de R&B para backing vocals no disco Young Americans. Quando Vandross se tornou uma estrela solo, retribuiu o favor com um cover da música de Bowie durante um show.

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Iggy Pop, The Idiot e Lust For Life (1977)

Iggy Pop chamou o primeiro disco solo após o fim dos Stooges de "um álbum de liberdade". Essa liberdade teria sido inimaginável sem David Bowie, responsável por produzir The Idiot, reduzindo o som vicioso da guitarra da antiga banda de Iggy para um território mais frio e sintetizado. O trabalho de Bowie no álbum previa o próprio "período berlinense" - e faria grande sucesso alguns anos depois com o cover de "China Girl" do The Idiot .

Naquele mesmo ano, Bowie estava de volta aos bastidores do disco Lust for Life, com uma abordagem mais direta da produção responsável por ajudar Iggy a se reconectar com o lado punk-rock primitivo. A faixa-título e "The Passenger" permanecem entre suas canções mais conhecidas. Quando Bowie morreu, Iggy publicou no Twitter: "A amizade de David foi a luz da minha vida. Nunca conheci uma pessoa tão brilhante. Era o melhor."

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Queen, “Under Pressure” (1981)

Como tantos grandes momentos musicais, esta dupla de gigantes do rock dos 1970 surgiu por acaso. Bowie e Queen gravavam em um estúdio suíço; Bowie concordou em adicionar alguns vocais de apoio a um corte insignificante do Queen chamado "Cool Cat". (Não estava satisfeito com suas contribuições, apagadas mais tarde.)

Em seguida, os músicos improvisaram uma linha de baixo simples e repetitiva, parecia encapsular tudo de mais estimulante e enervante na vida moderna. Na gravação final, ouvimos duas das vozes mais singulares do rock alimentando-se e superando essa ansiedade - Mercury voando alto sem esforço e Bowie subindo tenazmente.

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